Sim, mulheres com deficiência, podem ter câncer de mama como qualquer outra mulher! É estranho começar o texto com algo tão óbvio, né?!
Mas, às vezes, o óbvio também precisa ser dito. Pois, por mais inacreditável que pareça muitos nunca pararam para pensar na saúde ginecológica dessas mulheres.
As verdades que nunca te contaram sobre Outubro Rosa e as Mulheres com Deficiência!

☛ Fique com a gente até o final dessa postagem, temos uma dica valiosa para você!

Todo mês de outubro, mundialmente, começa-se uma campanha de conscientização, focada nas mulheres, contra o câncer de mama.
Mas, infelizmente, a campanha tem falhado por não trazer para o debate público as demandas enfrentadas por um grupo específico de mulheres: As mulheres com deficiência!
Por exemplo: Não se fala sobre a necessidade de acessibilizar os serviços de saúde para receber essas mulheres. Ninguém fala sobre a mulher cadeirante que mal consegue entrar em um consultório.
Muitas vezes, a porta é de 60 cm, o que impossibilita a entrada, ou quando consegue entrar, mal dá para circular pela sala e se aproximar da cama ginecológica.

Não se produz material em braile para levar informação à mulher cega. Não há intérprete de libras para que a mulher surda possa se comunicar.
Os mamógrafos não têm regulagem de altura, o impossibilitando mulheres com nanismo e cadeirantes de fazerem a mamografia, principal exame de detecção do câncer de mama.
Alguém até pode alegar que dá para fazer o autoexame e o ultrassom sem precisar necessariamente de mamografia. No entanto, embora o autoexame seja importantíssimo não podemos esquecer duas coisas:
1º. Muitas mulheres com deficiência não tem movimento nos membros superiores e não conseguem fazer o autoexame.
2º. Tumores com até 1 cm – aqueles que têm maiores chances de cura – só são detectados pela mamografia.

Além das barreiras arquitetônicas já mencionadas não podemos esquecer outro tipo de barreira: a atitudinal. Não é difícil vermos profissionais totalmente despreparados para lidar com as especificidades dessas mulheres.
Muitos médicos só conseguem ver a deficiência, e não a MULHER com deficiência, que adentrou ao consultório somente para, como as mulheres sem deficiência, buscar a prevenção ou tratamento de uma doença tão sorrateira como o câncer de mama.
Muitas são as dificuldades que se apresentam nos serviços de saúde referente às mulheres com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida e isso chega a desestimular ou impedir o acesso ao acompanhamento ginecológico.

Por isso, para tentar amenizar esse problema, os profissionais da Atenção Básica devem identificar e elaborar estratégias para garantir o acesso e o acolhimento diante das especificidades dessas mulheres.
Sendo assim, falar sobre a campanha do outubro rosa é, sem dúvida, muito importante e essencial! Mas, para que os benefícios da campanha sejam realmente exitosos e alcance todas as mulheres devemos exigir que os serviços de saúde sejam acessíveis.
E que haja políticas públicas voltadas para as mulheres com deficiência para que elas tenham, de fato, direito aos cuidados preventivos do câncer de mama. Afinal, como bem diz a campanha do Outubro Rosa: A prevenção é o melhor remédio.
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Dica Valiosa

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